22.9.05

Dossiê Tio Lozo

Para tudo há teóricos, principalmente aqueles que agem no rasteirão da vida, gente como eu. Um deles, não deles pois permanecem as teorias, quiçá aforismos, o que seja, e não os teóricos; portanto, me corrigindo, segundo o dito: o mundo e todos os momentos são um só, a despeito da armadura do tempo, e, portanto, nada é por acaso.
Vamos aos fatos. Depois deles, suas conclusões, amigo leitor, podem ser as mesmas minhas. Ou não. O mundo também é vários.

***

No dia 12 de setembro mandei o correio eletrônico reproduzido a seguir para minha mãe e meus irmãos.

“Vocês talvez saibam os versos de cor. Eu nunca soube. E acho que o Tio Lozo também não.
Beijos em todos.

Santa (soneto)

Esta que passa por aí, senhores
De olhos castanhos e fidalgo porte
É a princesa ideal dos meus amores
A mais franzina pérola do norte

Contam que numa noite de esplendores
A esta que encanta o coração mais forte
Hinos cantaram e jogaram flores
Às estrelas em mágico transporte

Acreditais talvez ser fantasia
Eu vos direi que não em certo dia
Quando ela entrou na festival capela

Eu vi a virgem mergulhada em prantos
E o Cristo de marfim fitá-la tanto
Como se fosse apaixonado dela”



A lembrança de meu padrinho chamava por mim. Bom sujeito era aquele. Não casou. Não foi pai. Trabalhou sem êxito, digo, sem esse êxito da acumulação. Sobre nós, sobrinhos e afilhados, deitou uma influência imensurável. Com os mais velhos compartilhou noitadas, mesas de bilhar, declamações de poemas (como o soneto acima) em lugares pouco santos. Em mim, e em outros de safra mais recente, exerceu um poder mágico, tanto por ser homem de famas (pacificador de zonas boêmias, exímio matador de frango no tiro) como por ser respeitado sem que coubesse nele o modelo de pai, marido, proprietário. Depois de ser levado a sua última morada, num bar, cinco ou seis sobrinhos matamos uma caixa de cervejas como quem reza, repartindo os bens intangíveis deixados por ele da forma mais honesta e equânime possível.
Bem, pouco depois da mensagem que enviei a meus familiares, minha Tia Yole me manda uma carta registrada, com selo de urgência. Não estando em casa, minha companheira me ligou aflita: “abro?”. Na primeira frase lida, já sabíamos, a urgência não é dessas que pedem socorro, é das que vêm em socorro. Era um carinho de minha tia, deitado no lombo da minha saudade dela e dele, já que junto com a carta vinha a crônica reproduzida daqui um cadinho.
A tal unicidade garante: as energias, em redes de comunicação para além do bico da engenharia, voam e pousam nos corações dos que se gostam. Eu gosto da Tia Yole. E ambos gostamos de meu padrinho Lozo. (Ou Lôzo. Ou Loso. Cada um escreve a seu modo, e todos têm e não têm razão.)
Abaixo então vão a carta de minha tia, sua crônica (simples, penetrante, produto de uma observação atenta e sentimental) e, exatamente como a produzi quase vinte anos atrás, uma poesia. Ilustra esse dossiê fotos tiradas por Beth Brandão, hábil em transformar o fugaz de um momento numa espécie de depoimento vivo. Como se vê, Tio Lozo era homem feio, mas, acrescente mais magia ao ente mágico: ao vivo e em cores, sua feiura não se revelava.

***

Carta recebida de Yole Pessoa Brandão

(Embora sem data, a carta é de algum dia próximo a 20 de setembro de 2005.)


Alexandre,

Ai vai uma lembrança do pequeno grande tio Lozo.
Sua imagem permanece naquela esquina como uma marca de sabedoria de outros tempos.
Firme na paciência.
Forte na esperança.
Grande na resignação.
Não podemos esquecê-lo... nunca.

Tia Yole

***

A crônica

Tio Loso
(autora: Yole Pessoa Brandão)

Suave, discreto, quase uma sombra...
Sempre em silêncio, o corpo curvado, passos ritmados, carregava por ruas e ladeiras sua inseparável solidão. Nas esquinas parava, voltava-se e lançava ao redor seu olhar melancólico. Como a constatar que nada mudara...
Quando alguém o parava para um papo, ele — fugidio e abstrato — o tornava breve. Nada que amolecesse sua alma acostumada ao frio e ao deserto.
Postava-se naquele canto da praça, seu território absoluto, e dali, com certa ironia, ficava a observar o pulsar da cidade; gente passando, amores nascendo, a vida fluindo afobada e alegre, mas sempre fora de seu alcance.
Era frágil e franzino mas emanava uma grande força interior; a força de carregar com dignidade o êrmo irreversível de sua vida.
Ocupando um espaço mínimo deixou entretanto um vazio enorme na nossa (tão tardia) percepção de sua valente e resignada figura.
Agora sua doçura transcendeu seu pequeno corpo, pousa longe, aconchegada no sossego das coisas eternas.
Partiu Tio Loso — o tio de todos nós — um regaço de paz, brandura, humildade...

***

O Poema

Lôzo
(autor: Alexandre Brandão, em 28/04/87)
a meu padrinho

Um câncer te levou,
ficaram tacos de bilhar cheios de saudades,
putas de zona de tua juventude
que ainda bradam:
- vem meu menino
derrama teu esperma em meu umbigo.

Um câncer
na tua boca despida de dentes,
trajando palavras simples, carinhos e sorrisos.
Um câncer no teu franzino corpo forte
de saber boêmio.

II

A partir de tua morte
vaca, águia e cachorro não deram -
estão ocultos e aflitos.
O copo de cerveja quente,
o de rabo de galo,
o de cowboy
estão com sede do teu consumo.
Tuas unhas não cravam as mesas,
não existem mais som, sonho, infância.

III

Um câncer te comeu por dentro
e não houve mais espaço para o macarrão que eu te fazia.
Um câncer te apagou o mundo,
e fiquei eu num mundo obscuro,
andando incerto por ruas e cidades que ignoro.

Com você
morreu a geografia.

17.9.05

Diálogo com Dois Amigos

Ilustram essa pequena divagação dois chamamentos visuais.




O primeiro deles, retirado do FOTOLOG “Olho da Rua”, de meu amigo e jornalista e escritor e músico e também agora fotógrafo Nelson Vasconcelos, é um achado do instante, como são em geral as crônicas visuais desse artista. Vê-se um gato avizinhando-se de uma garrafa de uísque escocês. Há estranheza na junção de dois mundos quase que de todo apartados: o da bebida e suas significações e o do gato também com suas significações.
O uísque não é para qualquer um, por raridade e, portanto, preço. O gato também não o é, mas por um senso de liberdade muito próprio dele. Isso não impede que alguns pés-rapados se lambuzem com a iguaria escocesa nem que se domestiquem os gatos.
Na foto, o amarelo que se derrama e se espalha por ela inteira, do primeiro plano até o fundo, pode vir da coloração da bebida ou do olho do bichano, muito embora seja mesmo um efeito secundário da luz, convertida de mera dádiva natural em invento científico muito propício à sociabilidade humana. O artista rouba as funções dos elementos ao alcance de sua criatividade, acrescentando-lhes outras. Na salada de embriaguez, zoologia e ciência, Nelson Vasconcelos brinca com os sentidos de quem navega no mundo que não é, o do espaço virtual. E o faz cavalgando o cavalo do humor tão carioca, tão dele.

O segundo deles é trabalho de meu amigo Horácio Soares, analista de sistema, escritor e artista plástico, que pode ser visto em www.barenforum.org/ members/soares/(1). Até onde sei, o sítio mencionado é uma comunidade de xilogravuristas espalhados mundo afora, uma turma que troca seus trabalhos e, com isso, cada um deles pode ter sua obra exposta por tudo quanto é canto do planeta. E não digo exposição no espaço virtual, mas aquela das antigas, em museus, ateliês e que tais.
O nome do trabalho: “Trip”. Batemos os olhos e reconhecemos o trem apinhado de gente suburbana, como o próprio Horácio foi um dia, correndo o caminho entre a casa e o trabalho. Chama a atenção, no entanto, o fato de não ser uma viagem atual, é alguma feita não pelo homem maduro de hoje, mas pelo jovem em descoberta da vida. Uma única mulher está entre os homens cujos trajes fixam o tempo passado. Não só a roupa: é o bigode de um e uma expressão, ainda que cansada, leve de todos; por fim, o próprio fato de ser uma única mulher, então em minoria nas lidas do mercado.
Mas o esforço de Horácio, ao resgatar de sua memória esse trem em que viajou do subúrbio ao centro e vice-versa, não pretendeu trazer à luz um enunciado sociológico, histórico. Não, ali uma narrativa oculta-se nas expressões. O olhar ausente do homem de terno; a bondade transbordante do careca no primeiro plano à esquerda; a expressão algo irônica e pedinte daquele de bigode logo atrás da mulher. Como bem sei da aproximação do artista com a literatura de Nelson Rodrigues, os personagens de Horácio vão chegar em casa para viver os fantasmas domésticos tão bem revelados pelo dramaturgo.
Não percamos de vista, está entre tantos uma única. Com uma das mãos agarra-se à alça, com a outra segura o baú. Baú, sim. Lá, no tempo do mundo laboral estritamente masculino, uma mulher, enquanto trabalhadores vão e voltam das oficinas e escritórios, viaja entre eles tendo nas mãos o baú. Uma caixa de Pandora, quem sabe. Ou não: o baú seria apenas o instante, voltamos ao instante, em que a mulher segurou seus segredos com as próprias mãos, tornando-se enfim donas de si mesmas.

(1)A página pessoal de Horácio é: www.analisevital.com.br/.

10.9.05

Na Estrada


Dentro das Viagens
Alexandre Brandão

Depois de dias de muita chuva, vieram outros de plena estiagem. O calor voltou a pino, e a estrada levantava poeira ao menor sinal de carro. Uma poeira branda, é verdade. Mas como o suor escorria de minha testa, a fina camada de pó grudava na pele sem piedade. Meu cabelo ia pouco a pouco ficando nojento, duro. Quando eu voltasse, mesmo tendo passado dias fora e tendo tomado regularmente os banhos, minha mãe murmuraria: — nossa!
Lá ia eu pensando na volta mal a jardineira apontava para a subida que desemboca no Seu Tuca. A estrada da Julieira terá uns 40 quilômetros de cabo a rabo, não sei, e não cortáramos mais do que um décimo de toda a distância, muito pouco até mesmo para o meu destino e o de meu padrinho, a Fazenda do Gordurinha, a 20 quilômetros de Passos. Pensava na volta, porque sempre pensamos na volta no início das viagens, é como um lembrete para mantermo-nos inteirados de que é preciso, sim, voltar. Mas eu tinha, meu Deus, alguma coisa entre 8 e 10 anos e nenhuma noção de que somos cheios de escapes, subterfúgios. Eu pensava na volta e daí a pouco já não pensava mais — só isso. Sonhava com pomar, com bica de água fria, com a aventura de ter de ir cagar no mato. Sonhava em andar no Segredo, cavalo grande e manso. E tinha certeza de que meu padrinho, ali do meu lado, batendo seus dedos no apoio de braço do banco, olhando tudo e todos, deixaria eu fazer aquilo que me desse na veneta. Comer pão-de-queijo antes do almoço, não almoçar, chupar a fruta que estivesse no galho mais alto da árvore.
Dentro do ônibus, eu viajava no espaço, rumo à fazenda. E, de pensamento em pensamento, roçava distraído o beco inominável. Insisto: tendo aqueles 8, 10 anos, não podia imaginar que existisse, dentro da gente, um oco mais concreto que alicerce de casas de alvenaria.
Tendo passado outros 10 anos, lá vou eu de novo dentro de um ônibus maltrapilho. Agora a estrada, embora poeirenta, é outra, e a distância é maior. Cruzo a Bolívia, desde Santa Cruz de La Sierra até Cochabamba e de Cochabamba até nem sei onde e de aí, por fim, até La Paz. Meu padrinho não vai comigo, quem vai é o Carlos, amigo chileno que cometerá o desplante de morrer com pouco mais de 40 anos. Apesar de meus 20 anos de então e de viver sempre um pouco bêbado e de mascar as folhas de coca que me oferecem e de ter deixado um amor no Brasil e de estar lendo com indomada fúria e de ter medo do desconhecido que está por vir e de sentir calor e de ouvir música em um toca-fitas que é uma verdadeira geringonça; apesar de tudo, já tocara com as próprias mãos aquele oco imponderável. Não o conheci (nem conhecerei) plenamente, mas aprendi que é feito de pau e luz, de ferro e brasa, de barro e sombra.
Os motoristas destes ônibus são gente muito qualificada. O menino que tinha o cabelo cortado a mando da Dona França (nuca quadrada) vê com encantamento o homem que vinha muito sério lá na frente de repente subir, pela escada exterior do carro, na capota da jardineira e ir direto e reto na mala da senhora que irá descer ali nos Meireles.
O universitário em férias sente frio quando no meio da madrugada o motorista é obrigado a parar o ônibus que vem rateando já há algum tempo. Tendo pego uma lanterna muito da esculachada e enchido a mão de ferramentas, ele desce à estrada, estica um forro de papelão, deita-se sob o chassi e começa a fuçar para ajeitar aquilo e poder dar prosseguimento à viagem. Há crianças espalhadas pelo corredor do carro; Carlos dorme, tombado pelo excesso de chicha; o velho que vai ao meu lado, meu fornecedor de folhas de coca que me caem bem que é uma coisa, está muito preocupado com a galinha que leva sob a jaqueta esfarrapada. Não vou dormir. Nem vou encantar-me com mais nada.
Noite boliviana que recebe o sono dos lhamas, escrevo na sua escuridão, sem lápis e sem papel, um livro para esquecer logo depois.

7.9.05

Setembro é o bicho


* Setembro, no Rio de Janeiro, apesar do tempo incerto deste resto de inverno que ora é veranico, ora é chuvoso e frio, é um mês que promete. Na EMERJ (Avenida Erasmo Braga, 115/ 4o. andar) acontece o evento Livro Aberto, um misto de entrevista com escritor e encenação de sua obra. Sonia Peçanha baterá papo com Ferreira Gullar (6),Carlos Nascimento Silva (13), Alberto Mussa (20) e Luiz Ruffato (27). Aliás, hoje já era, quem foi, foi, quem não foi não pôde ouvir o Gullar contar-se menino, pivete meio larápio lá em São Luis do Maranhão, nem tampouco comover-se com a visão dele dessa encrenca toda em que o país está metido. A gente se inventa, ele disse. Será que também nos reinventamos? Precisamos, não é?

*E daqui a pouco é hora do encontro anual das pequenas editoras. São muitas, inclusive a Bom-Texto (que editou o "Estão todos aqui"), e brigam por manter-se vivas nesse mercado feroz. Este ano, a Primavera dos Livros terá como patrono o escritor João Ubaldo Ribeiro e começa no dia 22, nos primeiros susurros das flores, isso se o Rio não inventar um invernico, um outonico, sei lá, o mundo anda tão mais ou menos. Será que a gente se reinventa?

A ilustração é "Primavera" de Botticelli, baixada, em 7 de setembro de 2005, do Google, que indica o site www.spaceandmotion.com/ Philosophy-Art-Truth.htm.

5.9.05

Fica Trevisan


Soube no Cronópios (www.cronopios.com.br)que o Sesc São Paulo está em vias de acabar com o espaço de oficinas, organizado e conduzido pelo João Silvério Trevisan. Particularmente, e sem saber exatamente os motivos, acho uma perda sem igual. Freqüentei bastante o Balaio de Texto e, em 24 de novembro de 2001, publiquei a crônica abaixo, um grito de satisfação pela exploração saudável e inteligente do espaço virtual. Republico-a como quem pede: parem, revejam suas posições.


Poetas em Fumo
Alexandre Brandão


Muita gente se reúne em torno de uma boa idéia. Outros tantos, o leitor astuto estará pensando, juntam-se em torno de idéias malignas. Verdadeiras uma e outra afirmações. Porém não estou aqui para filosofias, não agora. Trago-lhes apenas notícias de uma boa idéia.
O SESC São Paulo mantém uma página na INTERNET — http://sesc.uol.com.br/sesc ou http://www.sescsp.com.br/sesc* — bastante interessante. Lá estão desde a programação dos vários programas culturais promovidos em seus muitos teatros espalhados por São Paulo, capital e interior, até espaços virtuais mesmo, onde, de forma interativa, pode-se discutir arte e cultura. Normalmente, freqüento um desses, o Espaço Literário.
Nele é possível, por exemplo, saber de concursos literários, de endereços de sebos e de participar de debates sobre textos produzidos pelos internautas. Para isso, existem dois, digamos, subespaços. Num, às quartas-feiras, o Sopa de Letras, coordenado por Lizete Mercadante Machado, pode-se falar de literatura de forma bastante informal.
No outro, coordenado pelo escritor João Silvério Trevisan, há uma outra divisão. Assim é possível, por exemplo, cursar uma oficina literária. Para isso, é preciso acompanhar o calendário de quando estarão abertas novas inscrições e, então, seguir à risca as regras sugeridas ali. Não é um espaço aberto a todos, embora seja possível a qualquer um ler alguns textos produzidos pelos alunos.
Às quintas-feiras, existe um encontro, coordenado pelo mesmo João Silvério Trevisan e nomeado Balaio de Textos, aberto a qualquer um e que consiste no seguinte: na página de entrada, o internauta lê o texto que estará em destaque na semana — numa é poesia, noutra, conto —, entra na sala e dá a sua opinião, ou melhor, discute a sua leitura com várias outras pessoas. Qualquer um pode mandar um texto para o Balaio. O próprio João trata da seleção, mas como recebe uma quantidade enorme deles nem sempre enviar uma contribuição significa tê-la ali discutida em um curto espaço de tempo.
Tenho participado com freqüência desse Balaio de Textos. É uma coisa boa. Já se formou uma turma cativa, embora semana a semana surjam novas pessoas. Normalmente, quando estamos na sala, está também uma escritora gaúcha, uma que vive no interior de São Paulo, um conterrâneo de Arcos, um brasileiro vivendo no Canadá, alguns paulistanos, outros baianos. Todos, ou quase todos, poetas. Poetas que só conhecem de si opiniões ou textos, poetas, portanto, sem rosto. Poetas em fumo.
E, embora sem rosto, as relações que se estabelecem no Balaio expandem-se para outros espaços virtuais. Hoje, me correspondo, com certa disciplina, com três ou quatro balaieiros. Trocamos textos, informações sobre isso e aquilo e, em alguns casos, até nos fazemos algumas confidências.
Realmente, é um tanto estranho ter amigos assim chegados e não saber a cor de seus olhos. Mas a gente se acostuma.


* Os endereços podem não estar atualizados, já que a crônica é do ano de 2001.


A foto do Trevisan foi obtida na pesquisa Google, que indica www.bmsr.com.br/ autores/texto.htm como o caminho para encontrá-la. Foto "baixada" em 5/09/2005, às 22:20 h.

3.9.05

Antes das Crônicas



Para situar:

Em 1995 lancei "Contos de homem", Editora Aldebarã (sonho que ficou pelo caminho).
Em 2005, "Estão todos aqui", Editora Bom-Texto. Edição caprichadíssima.
Ambos foram resenhados em jornais de grande circulação: Folha de São Paulo e Estado de Minas ("Contos de homem"); O Globo, Jornal do Brasil, Rascunho, além dos sites Verdes Trigos e Bestiário ("Estão todos aqui").
Me fizeram companhia no primeiro: Nelson Vasconcelos (orelha) e João Gilberto Noll (prefácio). No segundo: Nilma Lacerda (orelha).
Ganhei, em 2000, o prêmio Oficina do Escritor, da Funarte. Em vez de grana, troféu ou coisa parecida, faturei um leitor especial, todo dedicado à leitura do livro. O leitor: Flávio Moreira da Costa. O livro: na época, com o nome "Qual é, solidão?", hoje, recauchutado, "Amor, sexo, o resto e o que ficou esquecido".

2.9.05

Apresentação




Alexandre Brandão. Escritor. Funcionário Público.

Pretensão/sões:

Escrever crônicas por aqui. Assim como escrevi, por um ano, no jornal "A Gazeta", de Passos, Minas Gerais. É possível que reproduza algumas delas. Escreverei outras.

Se pintar um clima, falarei de meus livros, e de leituras que faço, do meu modo. Sempre do ponto de vista afetivo. Cerebral é o economista que bate ponto no IBGE. O escritor, esse é um inconformado com a demanda exacerbada por razão.

Ganharei outras com a intimidade com essa coisa de blog.