29.8.09

A câmera e a pena está por aí

Amigos, o livrinho agora está à venda, pela internet, na Livraria Cultura, bem aqui.


No Rio, pode ser encontrado na Livraria Travessa, numa de suas lojas.


Aproveito para sugerir um site bacaninha, e não só porque já falou do meu livro, mas é legal mesmo, feito por uma moça antenada com a nova literatura. Clique aqui e chegue lá.


Lá no final do blog, tem uma ferramenta nova: um siga-me. Quem quiser botar a cara e dizer que acompanha as osseosidades aqui fique à vontade. Meu amigo, Udo, de Alemanha, vejam só, já está.


Por fim, agora resolvi botar umas frases no twitter. Roubo algumas de feras, invento algumas. Não são diálogos, falo sozinho. As frases transbordam pra cá, bem no canto superior esquerdo do blog.




Abraços,

11.8.09

Na Trave


Bem sei, leitor, você bate os olhos neste mensário, em particular nesta coluna mal vertebrada de nome “No Osso”, à procura de distração. Acho até que está preparado para encarar uma temática, digamos assim, menos solar, afinal de contas estamos no Brasil e refletimos sobre ele, sobre suas mazelas. Porém não sei se suportará minha conversinha mole de hoje.

Na realidade, escrevo para diminuir minha carência, para desabafar. Não tendo terapeuta, uso e abuso de sua boa vontade. Não me abandone, por favor. Não agora. Pode ser que daqui a pouco minha dor se mostre apenas uma indisposição, algo passageiro. Se for, pronto, oras, você terá me ouvido, e tudo terá passado. Uma boa ação sua. De meu lado, ao falar, vou me curando, é assim que funciona a coisa desde sempre, como bem sacou o velho e bom Freud.

Estou meio sem jeito. Para falar a verdade, sou caladão; não falo, tartamudeio. Já que você foi alçado ao posto de terapeuta ou confessor, uma de suas obrigações é ser paciente, embora seja eu o paciente. Esta frase, mesmo não sendo boa, me remete a Campos de Carvalho. Posso fazer uma digressão?

Sujeitinho competente o Campos de Carvalho. Quem o conhece não se surpreende com a afirmação. Quem não, não perca tempo com cronistas menores, vá a uma livraria (há tantas e boas na cidade) e adquira o livro com todos os seus romances que saiu pela José Olympio, ou compre-os um a um, pois a mesma editora os está lançando separadamente agora. Voltando à digressão, esse autor mistura de tal jeito os estados de loucura e de lucidez — qual a diferença entre um e outro mesmo? —, criando personagens que transitam entre esses mundos paralelos, que eu diria, sem medo nenhum: Campos de Carvalho descobriu não a origem da vida, mas, sim, o sentido dela. E a julgar por ele, a vida é realmente sem sentido nenhum, o que, aliás, aumenta nosso compromisso com ela, fazendo-nos aceitar seus caprichos.

Digressão? Estou fugindo. Vamos ao ponto. Leitor, o fato é que nunca fui bom de bola. Já me ocorreu de, num teste no infantil do Esportivo, jogando de ponta direita, driblar o lateral, entrar na diagonal, driblar o beque e, cara a cara com o goleiro, chutar para fora. Uma decepção. Para a torcida e para mim. Quando nos decepcionamos conosco mesmo o nome é frustração.

Segue daí... O quê? Como assim, acabou?

Tempo lógico? Era o que faltava. Você não é o Lacan, nem meu analista você é, oras!

Pena, logo agora que encontrei o elo perdido de tantas dores.

8.8.09

Resenha de "A câmera e a pena" no JB

Hoje no Jornal do Brasil, Duílio Gomes, escritor e jornalista mineiro, faz uma resenha de meu novo livro. Quem quiser conferir, clique aqui.

Se eu fosse carola. Ou seu fosse chegado em misticismo de qualquer tonalidade, eu diria que tem coisa aí. Sabe por quê?

No caderno Idéias e Livros do JB, onde está a matéria, estão também: Bernardo Ajzenberg, Ieda Magri, Didi e Armando Freitas Filho. E daí? Vamos por parte:

1) Sou botafoguense, Didi, nosso ídolo;

2) Duílio Gomes e Bernardo Ajzenberg foram as primeiras pessoas que fizeram resenhas de livros meus, no caso de Contos de homem, lançado em 1995. O Duílio no Estado de Minas, o Bernardo, na Folha de São Paulo. No JB de hoje, Duílio fala de mim, Bernardo dá entrevista sobre seu novo livro, Olhos Secos (Rocco);

3) Ieda Magri foi minha colega no jornal de bairro do Rio de Janeiro (Folha Carioca). Lá, antes de compromissos do doutorado inviabilizarem sua permanência, ela fazia resenhas de livros. Ela, numa só matéria, falou de meus dois primeiros livros, Contos de homem e Estão todos aqui; e, por fim,

4) Eu sempre gostei da poesia do Armando. No Conto de homem tem um texto que é dedicado a ele e ao Tom Jobim. O João Gilberto Noll, que escreveu o prefácio do meu livro, disse que o Armando iria gostar de ver o conto. Mandei o livro pra ele. O destino (ou Deus, ou Jesus que é o senhor, ou Buda, ou a sorte) fez com que minha filha fosse colega de sala de Carlos, filho do Armando. Passamos a nos relacionar, não com intimidade, mas com alguns bons encontros.

Para terminar... vocês acham que foi a mão de Deus?